Mineração ilegal de estanho deixa rastro de destruição na Floresta Nacional de Altamira
A Floresta Nacional de Altamira ocupa cerca de 700 mil hectares no Pará e abriga uma rica diversidade de plantas e animais, incluindo diversas espécies ameaçadas de extinção.
Recentemente, o fluxo de garimpo ilegal tem causado o desmatamento desenfreado da floresta e poluído os rios. O alvo dos garimpeiros é a cassiterita, principal minério do estanho. Além disso, a agropecuária ilegal e a construção de estradas também estão contribuindo para o desflorestamento da reserva.
O governo interveio no início do ano para dar fim à atividade ilegal, mas imagens de satélite mostram que o desmatamento ao redor das minas voltou a aumentar em outubro.
Conservacionistas e ativistas temem que a retórica e as mudanças nas políticas do governo Bolsonaro estejam estimulando as invasões na Flona de Altamira e outras áreas protegidas que constituem importantes refúgios para a vida selvagem e as comunidades indígenas.