Países amazônicos perdem 10% da cobertura vegetal em 34 anos

Os nove países amazônicos perderam 10% da cobertura florestal em 34 anos. De 1985 a 2018 foram 72,4 milhões de hectares, sendo 69 milhões de hectares de florestas derrubadas na região conhecida por Pan-Amazônia. Isso equivale à área somada dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O tamanho da cobertura vegetal perdida no período nos nove países, somando vegetações naturais que não são bosques, corresponde ao território do Chile. O mapeamento das perdas leva em conta o bioma, a região administrativa e as áreas de cabeceiras dos rios. Foram modificados 72,4 milhões de hectares de cobertura vegetal natural dos Andes à planície amazônica, chegando às áreas de transição como Cerrado e Pantanal. Ao mesmo tempo em que esta transformação do uso da terra aconteceu, houve um crescimento de 172% na área ocupada pela agricultura e pecuária.

Os dados fazem parte da “Coleção 2.0 de Mapas Anuais de Cobertura e Uso do Solo da Pan-Amazônia”, plataforma com mapas e estatísticas da região lançada ontem. Trata-se de uma iniciativa de pesquisadores dos nove países que fazem parte da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) junto à equipe dos analistas do MapBiomas.

RAISG lanza la Colección 2.0 de MapBiomas Amazonía

MapBiomas Amazonía es una herramienta de mapeo que permite monitorear los cambios del uso del suelo a nivel de toda la Amazonía y hacer seguimiento de las presiones sobre sus bosques y ecosistemas naturales.
Esta Colección 2.0 proporciona más de 3 décadas de historia de la Cobertura y Uso del Suelo de la PanAmazonía en mapas anuales de 1985 a 2018 con una resolución de 30 metros, según explica Sandra Ríos, una de las Coordinadoras Técnicas de MapBiomas Amazonía para la Collección 2. La plataforma MapBiomas Amazonía ofrece la posibilidad de visualizar los mapas a nivel regional, nacional e incluso local, identificando las áreas cubiertas con bosques, campos naturales, manglares, agropecuaria y ríos, entre otras clases. Es posible entender la dinámica de cambios de uso del suelo dentro y fuera de un Territorio Indígena o un Área Protegida.