Em três décadas, Brasil perde 71 milhões de hectares de florestas

O Brasil perdeu 71 milhões de hectares, o equivalente a área dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo somados, entre 1985 e 2017, período que viu a área destinada à agricultura triplicar e a de pecuária crescer 43%. Essas são algumas das informações disponibilizadas ao público pelo projeto MapBiomas, apresentado nesta sexta-feira em Brasília. A ferramenta, inédita no mundo, permite a investigação da ocupação territorial de qualquer parte do Brasil, ano a ano, com resolução de 30 metros.

A exposição ao mercúrio e os efeitos da exposição em seres humanos na Pan-Amazônia

O mercúrio tem sido foco de preocupação global por causa da facilidade de ser transportado através da atmosfera, pela contaminação do meio ambiente e pela capacidade de bioacumulação nos ecossistemas, tendo impactos negativos sobre a saúde do meio ambiente e principalmente a saúde humana. Por esse motivo, essa pesquisa teve como objetivo revisar artigos sobre o mercúrio na Pan-Amazônia, verificando os níveis de exposição e os efeitos da contaminação do mercúrio nas comunidades. O cabelo foi o biomarcador mais utilizado para as análises e as comunidades indígenas foram as mais estudadas. Foram investigados 40 artigos, sendo 30 divididos entre os países da Pan-Amazônia e 10 Portarias de meio ambiente e vigilância ambiental. Foi feito um estudo de tendências de distribuição espacial, o qual confirmou que os níveis mais altos de exposição ao Hg° são encontrados principalmente nas regiões indígenas e áreas de garimpo onde têm populações que consomem muito peixe. A análise de dados baseou-se em estudos de exposição e os efeitos comparados com os níveis de Hg° conhecidos em diferentes países da Pan-Amazônia. O Brasil foi o país com maior número de artigos e Colômbia com a menor quantidade de trabalhos publicados nesse período. Os países da Pan-Amazônia têm dificuldade em detectar quais os países mais atingidos com contaminação por falta de divulgação das pesquisas, e a carência dessas informações dificulta a intervenção da vigilância em saúde para atuar junto às comunidades.

O mercúrio nas veias da Amazônia

“O que se vê é uma cadeia de âmbito internacional, que exige profundidade de ações, que já têm retaguarda jurídica e legal para tanto. Deixar de dar o devido peso a esta agenda pode ter um custo muito alto para o país, que se intitula um país em desenvolvimento, com protagonismo na política internacional”, escreve Sucena Shkrada Resk, jornalista, especialista em Meio Ambiente e Sociedade e em Política Internacional e autora do Blog Cidadãos do Mundo.

Mining drives extensive deforestation in the Brazilian Amazon

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Laura J. Sonter, Diego Herrera, Damian J. Barrett, Gillian L. Galford, Chris J. Moran e Britaldo S. Soares-Filho Nature Comunication 18 October 2017 [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text] Abstract Mining poses significant and potentially underestimated risks to tropical forests worldwide. In Brazil’s Amazon, mining drives deforestation far beyond operational lease boundaries, yet the full extent of these impacts is…

Amazônia 4.0. A criação de ecossistemas de inovação e o enraizamento de uma nova bioeconomia. Entrevista especial com Carlos Nobre

No contexto da Revolução 4.0 e da economia do século XXI, é preciso apostar na bioeconomia baseada no uso dos ativos biológicos e biomiméticos para desenvolver a Amazônia, defende Carlos Nobre na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line. Nessa perspectiva, explica, a “‘Terceira Via’ que propomos é exatamente buscar uma alternativa econômica ao confronto entre a Primeira e a Segunda Via, destacando o papel que as novas tecnologias que nos chegam irreversivelmente através da Quarta Revolução Industrial podem desempenhar em fazer emergir o enorme valor tangível dos ativos biológicos e biomiméticos da biodiversidade. Estes valores estão ainda ‘escondidos’ e precisamos de ciência e tecnologia intensivos na região para torná-los uma realidade, aliados a maneiras inovadoras de aproveitamento do vasto conhecimento tradicional, respeitando a justa e correta repartição de benefícios com as populações locais detentoras deste conhecimento”.

A terceira via para o desenvolvimento da Amazônia se contrapõe a outros dois modelos, que até recentemente foram privilegiados na discussão: “conciliar a proteção dos ecossistemas em unidades de conservação, terras indígenas e reservas extrativistas (…) com a chamada intensificação sustentável da agropecuária e contenção dos desmatamentos causados pela expansão das fronteiras agrícolas e da mineração e hidroeletricidade, isto é, um modelo intensivo em recursos naturais”, informa o pesquisador.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Nobre frisa que o potencial dos ativos biológicos e biomiméticos da biodiversidade é enorme. “Vejamos, como exemplo, a cadeia produtiva do açaí. Até duas décadas atrás, um fruto de consumo tradicional local. Hoje, da polpa do açaí derivam dezenas de diferentes produtos para as indústrias alimentícia, nutracêutica, cosmética etc., gerando já mais de 1,5 bilhão de dólares para a economia Amazônica a cada ano, tendo melhorado a renda de mais de 250 mil produtores. Se este mesmo caminho fosse aplicado a várias dezenas de produtos Amazônicos — com ciência e tecnologia para agregação de valor desde a base de produção para beneficiar as populações locais —, esta nova bioeconomia seria muito maior do que aquela proveniente de pecuária, grãos e exploração madeireira”, adverte.

A spatial overview of the global importance of Indigenous lands for conservation

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Stephen T. Garnett, Neil D. Burgess, John E. Fa, Álvaro Fernández-Llamazares, Zsolt Molnár, Cathy J. Robinson, James E. M. Watson, Kerstin K. Zander, Beau Austin, Eduardo S. Brondizio, Neil French Collier, Tom Duncan, Erle Ellis, Hayley Geyle, Micha V. Jackson, Harry Jonas, Pernilla Malmer, Ben McGowan, Amphone Sivongxay & Ian Leiper Nature Sustainability, volume 1, pages 369–374 (2018) [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Abstract Understanding the scale, location and nature conservation values of the lands over which Indigenous Peoples exercise traditional rights is central…

Mapping Mining Areas in the Brazilian Amazon Using MSI/Sentinel-2 Imagery (2017)

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Felipe de Lucia Lobo 1,2, Pedro Walfir M. Souza-Filho 1,3, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo 2, Felipe Menino Carlos4 and Claudio Clemente Faria Barbosa 4 1 Instituto Tecnológico Vale, Rua Boaventura da Silva, 955, Belém, PA 66055-090, Brazil 2 Remote Sensing Division, National Institute for Space Research (INPE), Av. dos Astronautas 1758, São José dos Campos, SP 12227-010, Brazil 3 Geosciences Institute, Universidade Federal do…

Interação com os Andes moldou biodiversidade da Amazônia, diz estudo

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Fábio de Castro Estado de S.Paulo 19 de julho de 2018 [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text] Grupo internacional de cientistas, com liderança brasileira, construiu modelo de simulação dos últimos 800 mil anos de evolução na América do Sul; presença da cordilheira gerou as condições para que continente abrigasse maior diversidade de espécies do mundo   A América do…

OTCA divulga lineamientos y directrices sobre la protección de los pueblos indígenas amazónicos

[vc_row][vc_column][vc_column_text] OTCA – Organización del Tratado de Cooperación Amazónica 09 de agosto de 2017 En el marco de las conmemoraciones de los 10 años de la Declaración de los Derechos de los Pueblos Indígenas de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), la Organización del Tratado de Cooperación Amazónica (OTCA) divulga los “Lineamientos Regionales Amazónicos de…