Mapa do ISA mostra avanço da pandemia em Terras Indígenas no Brasil

Para fortalecer políticas emergenciais às aldeias, novo site monitora casos da doença em municípios próximos de TIs e entre povos indígenas, população especialmente vulnerável aos impactos da Covid-19
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Os povos indígenas no Brasil merecem uma atenção especial por parte dos governos nesse momento de pandemia. Políticas públicas de combate à Covid-19 devem ser adaptadas à realidade desses povos, nas aldeias e nas cidades. Pensando nisso, o Instituto Socioambiental (ISA) lança nesta sexta-feira (3/4) uma nova plataforma para monitorar o avanço da pandemia nas Terras Indígenas e municípios próximos a elas. O site “Covid-19 e os Povos Indígenas” reúne as principais bases de dados sobre a doença e a estrutura de saúde no Brasil de forma georreferenciada — dispostas em um mapa.

A dupla ameaça para os povos da Amazônia

A maioria dos casos de Covid-19 identificados até o momento entre os povos indígenas das Américas se encontra na região amazônica, sendo 3 no Peru e 42 no Brasil, onde, além disso, quatro indígenas já morreram, segundo dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). “Exigimos que os Governos de cada um dos nossos países reconheçam de maneira pública sua responsabilidade em relação aos povos e nacionalidades indígenas como populações especialmente vulneráveis à pandemia, e que sejam tomadas todas as medidas necessárias, culturalmente apropriadas e efetivas para proteger nossas comunidades e territórios. Em caso de ação contrária ou omissão, pedimos à comunidade internacional que se mantenha em alerta máximo pelo possível cometimento de um ato genocida”, afirma a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA, na sigla em espanhol) em um comunicado publicado em 31 de março.

Projetos de estradas na Amazônia podem desmatar 2,4 milhões de hectares nos próximos 20 anos

12 mil km de estradas previstas em 75 projetos para os cinco países da Bacia Amazônica podem causar o desmatamento de 2,4 milhões de hectares. 17% dessas obras violam a legislação ambiental e o direito de povos indígenas

O custo total é de 27 bilhões de dólares e 50% dos projetos sequer se pagam do ponto vista financeiro.

Faltam estudos de viabilidade técnica confiáveis, dados sólidos e pressão de financiadores para minimizar o impacto socioambiental.

Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru precisam avaliar quais serão as suas prioridades.

Mineração ilegal de estanho deixa rastro de destruição na Floresta Nacional de Altamira

A Floresta Nacional de Altamira ocupa cerca de 700 mil hectares no Pará e abriga uma rica diversidade de plantas e animais, incluindo diversas espécies ameaçadas de extinção.

Recentemente, o fluxo de garimpo ilegal tem causado o desmatamento desenfreado da floresta e poluído os rios. O alvo dos garimpeiros é a cassiterita, principal minério do estanho. Além disso, a agropecuária ilegal e a construção de estradas também estão contribuindo para o desflorestamento da reserva.

O governo interveio no início do ano para dar fim à atividade ilegal, mas imagens de satélite mostram que o desmatamento ao redor das minas voltou a aumentar em outubro.

Conservacionistas e ativistas temem que a retórica e as mudanças nas políticas do governo Bolsonaro estejam estimulando as invasões na Flona de Altamira e outras áreas protegidas que constituem importantes refúgios para a vida selvagem e as comunidades indígenas.

When will the Amazon hit a tipping point?

Over the past century, the average temperature in the forest has risen by 1–1.5 °C1. In some parts, the dry season has expanded during the past 50 years, from four months to almost five2. Severe droughts have hit three times since 2005. That’s all driving a shift in vegetation. In 2018, a study reported that trees that do best in moist conditions, such as tropical legumes from the genus Inga, are dying. Those adapted to drier climes, such as the Brazil nut tree (Bertholletia excelsa) are thriving3.

At the same time, large parts of the Amazon, the world’s largest rainforest, are being cut down and burnt. Tree clearing has already shrunk the forest by around 15% from its 1970s extent of more than 6 million square kilometres; in Brazil, which contains more than half the forest, more than 19% has disappeared. In the 2000s, Brazil was praised for drastically slowing forest loss, but the rate has since risen as a result of political turmoil and an economic recession. Last year, deforestation in Brazil spiked by around 30% to almost 10,000 km2, the largest loss in a decade. And last August, videos of wildfires in the Amazon made international headlines. The number of fires that month was the highest for any August since an extreme drought in 2010 (see ‘Forest loss’). Many scientists have linked these surges to the anti-environmentalist rhetoric of Brazil’s president, Jair Bolsonaro.

Destrucción del Amazonas: las principales amenazas para la mayor selva tropical del mundo en los 9 países que la comparten.

Em agosto de 2019, o aumento dos focos de incêndio no Brasil e na Bolívia chamou a atenção do mundo novamente para a pressão sobre a Floresta Amazônica.

Segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o fogo estava diretamente ligado ao desmatamento.

Nos dois países, a grilagem de terras e a expansão da fronteira agropecuária são apontadas por especialistas como as principais causas do aumento da destruição da floresta, algo que os governos negam.

Juntamente com a mineração, a retirada de madeira e a exploração econômica descontrolada, essas atividades estão por trás das taxas de desmatamento crescentes em todos os nove países amazônicos (contando com a Guiana Francesa, território ultramarino da França).

Nuevo estudio hace el balance de las reservas de carbono en la Amazonía

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Por Infoamazonia 06 de febrero de 2020 [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text] El 58% de la biomasa de la Amazonía se encuentra en tierras indígenas y áreas protegidas, donde la degradación forestal ya ejerce mayor presión que la deforestación en siete de los nueve países de la región. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Un nuevo estudio publicado en la edición del 27 de…

Estudio científico muestra que los territorios indígenas y las áreas protegidas en la Amazonía son menos susceptibles a la pérdida de carbono a través de la degradación forestal que otras áreas sin protección

Un nuevo estudio sobre el carbono del bosque amazónico revela que territorios indígenas y las áreas protegidas superan a otras tierras limitando las emisiones de carbono netas. La evidencia muestra que el crecimiento forestal compensa la degradación recientemente detectada en esas tierras.

Los científicos hacen un llamado para aumentar el apoyo para proteger un factor significativo contra el cambio climático en la Amazonía; Los resultados sugieren que no se respetan los derechos indígenas, hay leyes que ponen en peligro los bosques, a medida que crece la demanda mundial por riqueza mineral, combustible y materias primas.

Degradação, e não desmatamento, retira carbono de áreas protegidas na Amazônia

A degradação – e não o desmatamento – é a maior responsável pelas emissões de carbono de terras indígenas e áreas protegidas de sete países amazônicos, segundo artigo publicado nesta segunda (27) na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Mais de 75% das perdas de estoques de carbono em áreas protegidas e terras indígenas da Amazônia foram causados por degradação, ou seja, a retirada seletiva de algumas espécies de árvores.

Eldorado trágico: os caminhos violentos do garimpo no país de Maduro

Cheguei a Ciudad Guayana, no Sudeste da Venezuela, no início da noite. Era terça-feira, mas havia poucos carros circulando. As ruas, quase às escuras devido à iluminação precária, também estavam silenciosas. Tanto assim que na entrada do hotel era possível ouvir os grilos no jardim. “As pessoas se recolhem cedo”, disse Júnior Hernández, o motorista que me acompanhava na cidade. “Por causa da violência, não há muitos locais abertos depois das oito da noite.”

De fato. Quando saímos para jantar, encontramos aberta apenas uma arepera, quase vazia, onde me chamou a atenção um cartaz que dizia: “Proibido usar armas de fogo neste espaço.”

Areperas são pequenos estabelecimentos, parecidos com lanchonetes, que servem arepas, o tradicional pão de milho, com recheios variados: carne louca, pelúa (queijo amarelo com carne) ou dominó (feijão com queijo). Pedi um clássico da cozinha regional, arepa com queijo guayanés, e um suco de maracujá. Minha conta deu 70 mil bolívares, ou cerca de 3,50 dólares, no câmbio do dia – quase duas vezes o salário mínimo oficial da Venezuela, que era 40 mil bolívares no início de outubro, quando fui para lá (hoje é 150 mil bolívares).