Garimpos em MT põem em xeque capacidade de fiscalizar mineração

Até 1973, o rio Peixoto de Azevedo, perto da divisa de Mato Grosso com o Pará, era habitado por índios isolados da etnia panará. Passadas mais de quatro décadas, o curso d’água perdeu a proteção da floresta e hoje corre cercado por centenas de buracos e terra exposta deixados pela mineração de ouro, intercalados por pastagem e soja.

Nem mesmo a criação de uma reserva garimpeira pelo governo federal, em 1983, e a introdução do licenciamento ambiental evitaram o cenário de terra arrasada e a persistência da exploração ilegal.

Para especialistas e ambientalistas, a região serve de alerta para a capacidade de o Estado gerir e fiscalizar a atividade no momento em que o governo Jair Bolsonaro promete legalizá-la dentro de terras indígenas.

Sete países amazônicos acertam uma agenda contra a crise ambiental

Sete países da bacia do Amazonas acertaram na sexta-feira uma agenda para melhorar a coordenação regional e prevenir as crises ambientais como a que nas últimas semanas reduziu a cinzas milhares de hectares de selva, principalmente no Brasil e na Bolívia. Em meio à emergência dos incêndios florestais se encontraram às portas da região, na cidade colombiana de Leticia, presidentes e representantes do Peru, Equador, Bolívia, Brasil, Suriname, Guiana e do país anfitrião.

We’re thinking about the Amazon fires all wrong. These maps show why.

For weeks, we’ve seen headlines saying the Amazon rainforest is burning. But something unexpected happens when you map satellite data showing both the fires this year and those that have burned in the previous four years: The bulk of the forest remains almost entirely intact.
Confused? That’s because the heart of the Amazon is not actually on fire. Instead, most of the fires are burning at the fringes of the forest. That’s where the real story, and the real solution to these fires, lie.

Amazonía bajo fuego

Este año la Amazonía atraviesa una situación alarmante, por la magnitud y velocidad con que se están propagando estas quemas e incendios forestales, así como por las condiciones climáticas adversas que está enfrentando. Hoy las llamas son solo la parte visible, la advertencia de que nos podríamos estar acercando a un punto de inflexión, donde la combinación de políticas que incentivan el cambio de uso de suelo y el cambio climático intensifica la severidad de las quemas y los incendios forestales. De esta forma, pone en riesgo la funcionalidad ecosistémica de la Amazonia y, por lo tanto, los medios de vida de las poblaciones locales que la habitan.

ONU propõe reunião sobre Amazônia durante sua Assembleia Geral em setembro

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, levantou nesta quinta-feira (29) a possibilidade de organizar à margem da Assembleia Geral da ONU em setembro uma reunião específica ao lado sobre a situação na Amazônia, onde os incêndios se multiplicam.

“A situação na Amazônia é obviamente muito séria”, disse Guterres em declarações à imprensa à margem de uma conferência sobre o desenvolvimento da África, organizada em Yokohama (Japão).

França enfrenta obstáculos para preservar sua parte da Amazônia

O presidente da França, Emmanuel Macron, tem se posicionado, principalmente com sua reação às queimadas na Amazônia, como um líder sensível à causa ambiental.

A situação na Amazônia francesa, contudo, é tão complexa quanto na porção brasileira. Ativistas e uma fonte ligada ao governo brasileiro que atua na Guiana Francesa dizem que o telhado do presidente francês é de vidro.

A floresta cobre cerca de 95% desse departamento francês de 296 mil habitantes, que faz fronteira com o Amapá. Por lá, e também na dita França metropolitana (na Europa), um dos projetos de extrativismo mais contestados atualmente é o da Montanha de Ouro, que ocuparia 800 hectares (8 km²) no noroeste guianense.

Amazônia livre das grandes hidrelétricas?

Construir barragens para produzir eletricidade é uma política pública desde a Ditadura Militar (1964-1985) brasileira, mas o protagonismo das hidrelétricas está perdendo posições nos planos oficiais de geração de energia. Ao mesmo tempo, aumentam o uso de fontes alternativas e de combustível fóssil. A pergunta que paira é se, os impactos da crise do clima e do desmatamento sobre o regime de chuvas e os prejuízos a populações rurais e indígenas finalmente colocam em xeque a construção e a operação de hidrelétricas na Amazônia.

Informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que há 221 hidrelétricas operando na Amazônia – 27 de grande porte, 102 médias e pequenas e 92 microgeradoras. Outras 35 estão em construção ou rumo às obras. Na região, há desde gigantes como Belo Monte, a terceira maior no mundo em capacidade para geração de energia, a uma profusão de pequenas usinas.

Mineração pode atingir 1/3 das áreas indígenas do País

A determinação do governo federal de permitir a exploração mineral em terras indígenas tem potencial para afetar quase um terço das reservas no País. Prevista na Constituição de 1988, a atividade em territórios demarcados nunca foi regulamentada e é alvo de discussão no Congresso há décadas. O assunto vem sendo tratado com insistência pelo presidente Jair Bolsonaro, declaradamente favorável à mineração nessas áreas.

Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), há 4.332 requerimentos para exploração do subsolo em 214 das 735 áreas indígenas registrados na Agência Nacional de Mineração – 29,1% do total, inclusive nos parques indígenas de Tumucumaque (AP e PA), Araguaia (TO) e Aripuanã (MT).